Cálida presença: a amizade de Che e Tita Infante através de suas cartas, de Adys Cupull e Froilán González. Tradução de Wilson Coêlho.
“A amiga Berta Gilda Infante, a Tita, era uma jovem estudante, colega de Che Guevara no curso de medicina. Na época, conforme ela mesma revela, Che já se distinguia pelo ímpeto de sua juventude, no seu otimismo e força de caráter. Apesar de nutrir uma afinidade com Che nos sentimentos humanistas e de preocupação com o destino dos povos do continente americano, além de ser uma jovem inteligente e comprometida com as causas justas, inclusive, como militante da Juventude Comunista Argentina, Tita era uma moça frágil, delicada, culta, romântica, menos decidida no enfrentamento político propriamente dito, mas muito dada aos estudos e à reflexão. Depois de sua graduação em medicina na Universidade de Buenos Aires, se especializou em neurologia pela Universidade de Marselha, na França e, nesse mesmo país, na Sorbonne, em psiquiatria. Mas Tita sempre desconfiava de sua própria capacidade diante da monstruosa realidade do povo por sua condição econômica, política e social. Sempre que se sentia nessa situação, como relatava em suas cartas, Che escrevia tentando animá-la a seguir em frente, demonstrando seu carinho e contando-lhe de suas novas experiências, suas inquietudes políticas e sociais, seus sonhos, temores, dúvidas, aspirações, fracassos científicos e êxitos. Durante todos os anos da guerrilha e, mesmo quando no governo cubano, por onde passava, Che sempre lhe escreveu cartas, comprovando uma amizade que não terminou nunca. Em Lima, Caracas, Guatemala, Cidade do México e muitas outras cidades foram encontradas cartas fechadas que ratificaram essa relação de amizade. Esse também foi um grande desafio para Adys Cupull e Froilán González que fizeram uma pesquisa de trinta anos para escreverem o livro Calida Presencia, su amistad con Tita Infante.”
WILSON COÊLHO
“Will, obrigada por este livro fantástico! Inspirador!” (Sussen Gazal, jornalista)
“Parabéns! Leitura ágil, dinâmica, favorecendo a imaginação; num ritmo bastante atual, onde textos curtos, cinematográficos, nos embala em histórias, músicas, danças…” (Marcos Bentes, Músico, poeta e produtor cultural)
“Cálida Presença é um belo livro, que merece ser lido várias vezes” (Perly Cipriano)
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